quarta-feira, 16 de outubro de 2013

“Ensinar: agir na urgência e decidir na incerteza”




          O texto aborda a questão das competências dos profissionais da educação. Mostra a necessidade do estágio na formação deste profissional.
          Segundo (Perrenoud, 1994), o debate sobre o papel formador do estágio, participa muitas vezes de forma explicita, da mesma ingenuidade: os futuros professores são enviados à campo para por à prova  seus saberes e aprender a utilizá-los em situações concretas. Potencialmente visa-se à construção de competências.
          Considera-se competente aquele profissional  que, domina aquilo que faz,e faz muito bem.
          Espera-se que os professores saibam razoavelmente aquilo que ensinam, para que não venham a ser pego despreparados, muito menos preparando o que vai ensinar a seus alunos em cima da hora.
          Segundo o autor outras pessoas inclusive ele considera que a formação dos professores ganharia muito mais se passasse pelo domínio dos saberes enraizados nas ciências humanas e sociais, não só na didática das disciplinas, mas também  na psicologia da aprendizagem na abordagem psicanalítica e psicossociológica  na historia da educação.
         Perrenoud, chama de competência a capacidade de um sujeito  mobilizar o todo ou parte de seus recursos cognitivos e afetivos para enfrentar uma família de situações complexas. O ser humano e os sistemas sociais, não são simples, os profissionais da educação não têm uma tarefa fácil. Em uma sociedade na qual os valores individualistas são supervalorizados, a educação é considerada um consumo ou um investimento da pessoa a serviço do seu próprio sucesso, de sua felicidade e de seu equilíbrio.
Educar é instruir é fazer com que o aprendiz compartilhe uma cultura, aceite uma herança, ou seja, enquadre-se em um molde, aceite uma certa padronização dos seus saberes de suas formas de pensar, de sentir, de comunicar.
          A relação pedagógica é fundamental assimétrica, pois o professor detém um saber que o aprendiz ainda não domina. Educar ou instruir é permitir que o aprendiz mude sem perder sua identidade, é conciliar a invariância e a mudança.
          Um sistema aberto está perpetuamente sobre o fio da navalha, se for aberto demais perde a sua identidade, sua coerência funde-se com o ambiente, se for fechado demais, asfixia-se, não se renova e desaparece como um sistema. A educação contém em si um sonho de harmonia.
          Entre a igualdade e a diferença: essa contradição talvez seja a mais moderna. A igualdade não era um conceito presente na origem dos sistemas escolares. “primeiro eu”, “cada um por si,” “depois de mim,” o dilúvio. Em todas as sociedades, em todos os períodos históricos, os indivíduos oscilam entre o egoísmo e a solidariedade.
          A autoridade tradicional é contestada: nem os alunos nem os professores contentam-se em obedecer só porque a ordem vem de cima, antes disso a autoridade é contestada.

Sonia Maria Italo Soares





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