O texto aborda a questão das
competências dos profissionais da educação. Mostra a necessidade do estágio na
formação deste profissional.
Segundo (Perrenoud, 1994), o debate
sobre o papel formador do estágio, participa muitas vezes de forma explicita,
da mesma ingenuidade: os futuros professores são enviados à campo para por à
prova seus saberes e aprender a
utilizá-los em situações concretas. Potencialmente visa-se à construção de
competências.
Considera-se competente aquele
profissional que, domina aquilo que
faz,e faz muito bem.
Espera-se que os professores saibam
razoavelmente aquilo que ensinam, para que não venham a ser pego despreparados,
muito menos preparando o que vai ensinar a seus alunos em cima da hora.
Segundo o autor outras pessoas
inclusive ele considera que a formação dos professores ganharia muito mais se
passasse pelo domínio dos saberes enraizados nas ciências humanas e sociais,
não só na didática das disciplinas, mas também
na psicologia da aprendizagem na abordagem psicanalítica e psicossociológica
na historia da educação.
Perrenoud, chama de competência a
capacidade de um sujeito mobilizar o
todo ou parte de seus recursos cognitivos e afetivos para enfrentar uma família
de situações complexas. O ser humano e os sistemas sociais, não são simples, os
profissionais da educação não têm uma tarefa fácil. Em uma sociedade na qual os
valores individualistas são supervalorizados, a educação é considerada um
consumo ou um investimento da pessoa a serviço do seu próprio sucesso, de sua
felicidade e de seu equilíbrio.
Educar é
instruir é fazer com que o aprendiz compartilhe uma cultura, aceite uma
herança, ou seja, enquadre-se em um molde, aceite uma certa padronização dos
seus saberes de suas formas de pensar, de sentir, de comunicar.
A relação pedagógica é fundamental
assimétrica, pois o professor detém um saber que o aprendiz ainda não domina.
Educar ou instruir é permitir que o aprendiz mude sem perder sua identidade, é conciliar
a invariância e a mudança.
Um sistema aberto está perpetuamente
sobre o fio da navalha, se for aberto demais perde a sua identidade, sua
coerência funde-se com o ambiente, se for fechado demais, asfixia-se, não se
renova e desaparece como um sistema. A educação contém em si um sonho de
harmonia.
Entre a igualdade e a diferença: essa
contradição talvez seja a mais moderna. A igualdade não era um conceito
presente na origem dos sistemas escolares. “primeiro eu”, “cada um por si,”
“depois de mim,” o dilúvio. Em todas as sociedades, em todos os períodos
históricos, os indivíduos oscilam entre o egoísmo e a solidariedade.
A autoridade tradicional é
contestada: nem os alunos nem os professores contentam-se em obedecer só porque
a ordem vem de cima, antes disso a autoridade é contestada.
Sonia Maria Italo Soares
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